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O coração sai-me pela boca de todas as vezes que te vejo.
Conhecia-te bem, a nu, sabia muito de ti e falava-se muito de nós, um nós que nunca existiu a não ser no facto de eu ser uma das que te preenchia o coração como a força da amizade o diz.
Imaginei-nos várias vezes e em vários momentos eu e tu juntos e em nenhum momento eu ponha-me a hipótese de tu deixares de ser assim, deixares de ser “o meu”. Nem o facto de teres namorado com uma das minhas grandes amigas me doeu tanto como dói agora não te falar, apesar de ter doido mais do quis mostrar a mim mesma, porque eu gostava de ti e tu deste-me uma flor que cheirava a ti só porque eu ia sair daqui durante 2 semanas. Lembras-te? Lembras-te de me contares muito de ti e de eu te contar muito de mim? Lembras-te de sermos nós os 4 sem mais ninguém? Lembras-te de teres as tuas “melhores amigas”? É que eu lembro-me de te ter, lembro-me de me orgulhar de ti, lembro-me de seres um porto de abrigo, cada vez que me abraçavas.
Lembro-me de muitas coisas, nossas minhas e tuas, nossas minhas tuas e delas. Mas existem muitas coisas que não me lembro e que quando as leio fico a pensar donde será que saiu isto.
E sinceramente o que me lembro-me de ti agora é que não gosto de ti assim e que não falamos um com o outro e que tu ao contrário de mim estás-te a marimbar para isso e a mim que me mostro totalmente indiferente e que está a doer por dentro, mas isso não vais saber até perceberes o quão errado estás. E não sei se é desta parte que queres que me lembre quando daqui a uns anos me lembrar de ti mas a mim parece-me que sim. É assim que queres?